sábado, 14 de fevereiro de 2009

Esquinas

E. Hopper. Nightawks, 1942

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta esquina tem a particularidade de mostrar um vidro de janela curvo,único nos quadros de Hopper.O Realismo deste pintor apresenta aqui a solidão das grandes cidades.O espaço do bar delimita o espaço das pessoas.O casal inscreve se no deserto urbano e na solidão do outro cliente.Nenhum dos olhares se cruza.Só a luz diagonal do bar ilumina a noite na cidade. Uma esquina sombria e silenciosa...demasiado silenciosa. R P

Anónimo disse...

Poema numa esquina de Paris

Dezenas e dezenas de pessoas passam ininterruptamente ao longo do passeio.
Umas para lá.
Outras para cá.
Umas para cá.
Outras para lá.
Mas cada uma que passa
tem de fazer na esquina um pequeno rodeio
para não se esbarrar com o par que aí se abraça.
Olhos cerrados, lábios juntos e ardentes,
tentam matar a inesgotável sede.
Através dos seus corpos transparentes
lê-se na esquina da parede:

DANS CETTE PLACE A ÉTÉ TUÉ
MAURICE DUPRÉ
HÉROS DE A RÉSISTENCE.
VIVE LA FRANCE

António Gedeão
"Linhas de Força" - 1967

MV