sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

À janela de Eduardo Gageiro

1 comentário:

Cláudia disse...

Decorridos dez dias e onde estão as palavras, para Sr. Sophia Breyner, sequer um suspiro pela lembrança de seu nome. Lamento.

«De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua» Sophia (1944).

Tomo de emprestímo à causa, palavras por Sr. João Afonso Machado.

Foi na Granja que nasceram os primeiros poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen. Na sua «Casa Branca», onde corriam - ou passeavam, somente, - as suas férias. E, tantas décadas volvidas, ninguém saiu do seu lugar. Nem o seu génio, desde sempre em total triunfo literário. Nem nós, que a lemos, relemos... e sentimos, nas suas palavras, a profunda verdade das coisas.

Tão-pouco o mar foi embora. O «Mar» de Sophia, não um oceano qualquer. Com cores, com alma, reactivo, familiar. Curveteando entre as rochas, até chegar à praia. Um confidente, enfim. Sentado nos degraus, noite fora, ouvindo recados, guardando segredos. Quem o conhece não me desmente.